domingo, 9 de dezembro de 2012

O fim.



“-Acabou”. Quem nunca quase desfaleceu ao ouvir esse doce e ao mesmo tempo assustador som. Eu sempre tive medo do fim dos meus relacionamentos, medo e às vezes um alivio também. Por que meus finais não são iguais a muitos por ai, que se recomeça no dia seguinte ou na seguinte semana. Meu fim, realmente é o fim. Meu fim é o fim quando eu decido ou quando alguém decide por mim. Nunca idealizei o “vamos recomeçar e tentar que dê certo dessa vez”, no dia seguinte. Sempre temi o fim, por saber que era realmente o fim. E por mais que alguém determinasse esse fim nos meus relacionamentos, eu nunca quis ir atrás do recomeçar.

E acho que nunca fui atrás do recomeçar por ter medo do seguinte fracasso, já era dolorido um final, imagem dois finais. É... É dessa forma que eu penso. Penso que nem sempre é preciso tentar acertar, às vezes, o fim chega no intuito de realmente acabar e não de dar um “reset”. Por mais que na maioria das vezes eu tive vontade de recomeçar, algo muito grande não me permitia ir atrás daquele desejo. Era meu orgulho talvez me preservando, ou talvez não. Acreditava a um tempo que o orgulho era um sentimento ruim, mas hoje vejo que depende da forma que se enxerga o propósito desse sentimento em certo ponto da sua vida.
Hoje tenho pra mim, que ter orgulho é ter amor próprio. Muitas vezes evitamos que enfiem mais uma faca em nosso peito através do orgulho.

E o fim nos marca da mesma forma que marcadores de gado marcam esses animais. Marcam pra sempre, deixando visivelmente a mostra aquela “dor”.
Porém de outro ângulo, o fim é umas das coisas mais importante na caminhada da vida. É preciso acabar algo para dar espaço para começar algo novo, inspirador. E quando vejo dessa forma, o fim não me dá medo, me da vontade de chegar mais perto dele, pra ver se consigo enxergar o que tem por trás daquele fim. E por isso muitas vezes deixei de recomeçar, deixei o fim ser realmente o fim. Para que um começo de verdade pudesse me encher de brilho os olhos e me trouxesse aquele frio na barriga, me trouxesse o sabor do inesperado!

Pra mim, o principal fundamento de um fim é trazer nele um começo melhor. Então vamos deixar que o fim chegue mais vezes. As vezes com o medo do novo, estamos deixando de permitir que algo melhor entre em nossas vida. 

E depois veremos que o fim, nem é tão ruim assim.

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